15/09/2011

As Sete Dores da Santíssima Virgem.


Dá, ó Mãe, fonte de Amor,
Que eu me una à tua dor,
Que eu sofra também contigo.


A devoção ás Dores de Maria tem fundamento bíblico nas palavras proféticas do velho Simeão :
" Tua alma será atravessada por uma espada" (Luc. 2,35 ). Os Padres da Igreja, como Sto. Efrem, o Sírio, (em sua "lamentação de Maria") Sto. Ambrósio, Sto. Agostinho e S. Bernardo fizeram considerações sobre as Dores da Mãe de Deus. Em Roma , o Papa Sisto III. (432-440) fez restaurar a Basílica Liberiana e a consagrou a Maria e aos Santos Mártires; no interior da igreja, um mosaico celebrava Maria como Rainha dos Mártires. A devoção às Dores de Maria foi no entanto estabelecida pela Ordem dos Servistas. S. Filipe Benício ( em 23 de Agosto) estendeu o uso "da veste de viuvez de Maria" como ele chamava p hábito de sua ordem, aos seculares sob forma de escapulário, e assim nasceu a confraria das Dores de Maria. No século XVII. começou-se a celebrar liturgicamente duas festas das sete Dores, uma na 6ª feira que se segue ao domingo da Paixão, chamada das sete Dores e a outra no terceiro domingo de Setembro. A primeira foi declarada obrigatória para a Igreja em 1724 pelo Papa Bento XIII. e a segunda em 1814 pelo Papa Pio VII. em memória do cativeiro que Napoleão o fizera sofrer. Bem conhecida e célebre é a magnífica Sequência de Jacopônio da Todi em 1306, o Stabat Mater. A festa põe em destaque, por contraste com a tema, de ontem que nos apresentava o Rei, o lado humano da Paixão do Cristo. Ela nos faz também compreender a necessidade de unir nossos sofrimentos aos do Cristo. E' uma lei do Cristianismo: quanto mais um Cristão se aproxima do Cristo, tanto mais ele se deve igualmente aproximar da cruz. Maria soube portanto, mais do que ninguém, participar da Paixão do Cristo. E' para todos nós uma grande consolação. Convençamo-nos de que nossa piedade não consiste apenas em rezar, nem em levar uma vida fundada sobre a caridade e observância dos preceitos, mas principalmente em oferecer nossos sofrimentos suportados com resignação, em união com Cristo e consagrados pela Missa.

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