Após o pecado de Adão, a humanidade enveredou logo pelo caminho da degeneração. Cêrca de um milênio depois da criação do homem era tal corrupção, que Deus mandou o dilúvio universal, poupando sómente a família de Noé.
Passando o dilúvio, os homens multiplicaram-se novamente e bem depressa esqueceram o castigo. Já não adoravam o verdadeiro Deus; tinham-no substituído por ídolos feitos por suas próprias mãos e confundiam virtude com vício. O Senhor elegeu então uma das poucas famílias que lhe tinham ficado fiéis; engrandeceu-a, cumulou-a de favores e graças para fazer dela a depositária das promessas divinas. Dessa família originou-se o povo hebraico. E quando, no seio desse povo, a idéia da religião verdadeira esmorecia, Deus mandava os seus profetas para que repreendessem, ameaçassem, corrigissem e, sobretudo, para que conservassem viva a chama da fé e da esperança no Messias. Os profetas, inspirados, pregaram, escreveram e anunciaram, ora servindo-se de figuras simbólicas, ora claramente, a vinda do salvador e da Mulher gloriosa, a Virgem Mãe de Deus.
Deus, ao ameaçar a serpente que tentara e seduzira Eva, dissera: "Porei inimizade entre ti e a Mulher, entre a tua descendência e a dela e ela te esmagará a cabeça. Quem é a Mulher anunciada nesta primeira promessa?
E a Imaculada Virgem Maria, eleita por Deus para reparar o erro de Eva e para reconciliar o céu com a terra. A descendência da Mulher é Jesus Cristo e, nele, estão compreendidos todos os cristãos. A descendência da serpente, ou seja, do demônio, são os pecadores, pois São João disse: " Quem comete pecado é filho do demônio" ( I Jo. 3,8 ).
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